quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Catarata

A Catarata é uma doença degenerativa, com incidência maior de 70% na população acima de 80 anos segundo a OMS, sendo detectada com testes simples clínicos. Nela, ocorre a perda da transparência do cristalino, não deixando que a luz chegue corretamente nos fotorreceptores da retina. 
O cristalino pode ser avaliado através de um foco de luz macroscópicamente quando o clínico tem a suspeita clínica, já que está situado imediatamente atrás da íris e pode ser visto pela área pupilar.




Em condições fisiológicas, o cristalino é sustentado pela fibras zonulares, que ligam o cristalino e o corpo ciliar, essas três estruturas agem relaxando e contraindo, fundamental para o processo de focalização das imagens sobre a retina. A esse processo damos o nome de acomodação. Juntamente ao processo de opacificação, o cristalino diminui progressivamente sua elasticidade e sua capacidade de acomodar.


Por isso o principal sintoma da catarata é a diminuição da visão. O comprometimento visual é dependente do tipo e da severidade da catarata. Além do mais, por ser um processo progressivo, a perda visual também é progressiva, mas de velocidade variável, não se tendo como prever nem interromper esse fenômeno.
O cristalino normal é transparente, com tom discretamente esverdeado. A catarata nuclear tem como característica a mudança da coloração do cristalino, o qual torna-se progressivamente amarelado, alaranjado, acastanhado e, em estágios bastante avançados, pode tornar-se acinzentado. A intensidade da catarata nuclear é medida em uma escala de cruzes entre 1 e 4.




Há 3 tipos de acometimentos do cristalino separados de acordo com a zona acometida nuclear, subcapsular posterior e cortical. Cada zona apresenta sintomas específicos, no entanto, devido a avaliação sintomatologica ser subjetiva não é possível identificar apenas na clínica o tipo com precisão.






A avaliação deve ser feita pelo oftalmologista com anamnese completa, avaliação física e exames como lâmpada de fenda e de acuidade visual para determinar o tratamento, que irá de uma simples correção refratária a cirurgia, normalmente por facoemulsificação em casos não complicados e detectados com antecipação para evitar necessidade de cortes mais extensos. 



A cirurgia é simples, de ótimo prognóstico e com recuperação quase imediata. O paciente sai já com a visão recuperada, devendo ser prevenido de alguns cuidados como evitar esforços e ficar abaixado para não aumentar a pressão nos olhos. Evitar exposições no sol, computadores, televisores e leitura para não exigir muita correção refratária na fase de cicatrizarão que leva em torno de 2 semanas dependendo do caso. Hoje essa cirurgia é oferecida gratuitamente, necessitando agendamento de acordo a necessidade avaliada pelo oftalmologista.





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